quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rolezinho Paulista

Essas últimas semanas foram marcadas por mais um movimento originado pelas redes sociais e que novamente terminaram com correria e confusão. O rolezinho paulista desde então vem desencadeando uma série de reações dentro da sociedade, favorável ou não da causa.

- O movimento: O Rolezinho inicialmente tinha como objetivo protestar contra o fim dos bailes funks nas ruas, praças e espaço público da cidade de São Paulo, o que levou aos cantores de funk a criar o movimento. A medida obviamente polêmica é também preconceituosa, querendo ou não o funk é tão música como qualquer outra, a alegação de que ele gera brigas entre outras coisas também não pode ser levada como justificativa, puna-se quem descumpre a lei individualmente e não o grupo todo.



Passado o movimento que fora vetado inclusive pelo Prefeito Fernando Haddad, jovens seguiram com o movimento, mas o intuito dessa vez era diferente do original, que envolvia ações de qualquer outro jovem, como paquerar e etc. A grande questão a ser questionada sobre o tema, é ver como a sociedade reagiu a isso, em especial como a classe média de alto padrão frequentadores do shopping, reagiram a presença de uma classe menos favorecida dividindo o mesmo ambiente que os deles, e foi justamente essa reação de medo e em muitos casos preconceito que gerou toda a confusão que acompanhamos nos jornais e quem tem gerado comentários e comportamentos perigosos a sociedade.


- A Reação: Incomodados com a presença dos jovens dentro das lojas e do shopping, lojistas acusaram (em alguns casos sem prova) de terem acontecido furtos em suas lojas, isso motivou a presença da polícia e em alguns casos até uma ação na justiça proibindo a entrada dos jovens ao shopping. Isso ao meu ver é uma medida extremamente grave, o shopping como muitos alegam é um espaço privado, porém de acesso ao público, ele é diferente da sua casa por exemplo, proibir a entrada de um grupo social diferente do costume da região, é preconceito, é crime e é capaz de gerar muito ódio e problemas sociais seríssimos na sociedade. Compreendo bem o lojista que tem sua mercadoria e sua loja como meio de sustento e é necessário defende-la, mas de todo o modo, todos são segurados e não existe a necessidade de criar grupos seletos. Ouvi dizer em Apartheid que considero um exagero, pois entendo que a segregação nesse caso não está sendo racial, mas sim numa classe como um todo, a separação não ocorre só pela cor e sim pela sua condição (Pobre) e a ação reacionária da classe média é muito mas muito perigosa e já foi de causar muitos problemas e graves em todo mundo, a história nos conta e a mesma história que deveria servir de exemplo para quem em 2014 esse tipo de situação ainda não fosse corriqueiro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário